sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Quando Deus diz não...

Mesmo se nos reservamos o direito a dizer não, dificilmente aceitamos essa palavrinha quando acreditamos que podemos obter alguma coisa.

As criancinhas aprendem rápido o não, de tanto que ouvem. E é evidente que se o fazemos com as crianças é porque assim aprendemos e que sabemos que os nãos fazem parte da vida e são mesmo necessários ao nosso bem-estar e crescimento.

Os adolescentes se rebelam ante o não, dizendo eles mesmos não ao que lhes é imposto ou não concedido.

E então... chega a nossa vez, adultos, supostamente maduros e sábios. E nem sempre queremos aceitar. Das pessoas é mais fácil, pois nos consideramos mais ou menos de igual para igual, mas quando esse não vem dAquele que nos criou, não entendemos ou não queremos bem entender.

Nos rendemos aos pés do Pai com maior freqüência quando nos sentimos impotentes diante de uma situação, quando precisamos reconhecer que por nós mesmos não podemos fazer nada a não ser pedir misericórdia. São as doenças, as situações impossíveis de serem mudadas aos olhos humanos, quando precisamos de verdadeiros milagres...

E, corações sinceramente entregues, pedimos, nem sempre considerando que Deus pode responder de maneira diferente da qual esperamos.  Dizemos que Ele tudo pode (e pode!), mas não consideramos o Seu coração, a Sua visão das coisas.

Assim, às vezes Deus diz não...

E essa resposta inesperada vai carregando assim todas as nossas esperanças depositadas naquelas orações, naqueles apelos profundos da nossa alma. E, quais crianças sem entendimento, arregalamos os olhos, sem impedir que nosso coração pergunte o porquê.

Coisa difícil!!! E não é difícil para uma pessoa mais que para outra, é difícil pra todo mundo, mesmo para aqueles que realmente vivem uma vida de submissão.

Aceitar uma resposta negativa de Deus é sinal de humildade e reconhecimento de que estamos na dependência dAquele que nos criou, que conhece nosso passado e nosso futuro e nosso âmago bem mais que nós mesmos, mesmo com anos e anos de psicanálise. Aceitar uma resposta negativa de Deus para qualquer área da nossa vida é ter maturidade espiritual.

Deus, quando nos diz não nos ama muito, com certeza mais que bastante e mesmo se não entendemos no momento, o melhor é nos curvar, pois nada há que Ele faça que não tenha sentido.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Lições da Vida


Quando pensamos na palavra lição a primeira coisa que nos vem à mente é escola. E acho que temos razão. O que é a vida, senão uma  grande escola onde a gente nunca tira o diploma? Felizmente.

Seria triste chegarmos a um momento onde pudéssemos achar que já sabemos o suficiente, pois isso tiraria nossa motivação para prosseguir. Há pessoas que chegam num ponto onde acham que estão diplomadas, mas tudo o que conseguem é afastar os eternos alunos delas mesmas, pois uma das coisas mais tristes que existem é encontrar alguém que pensa que sabe tudo.  Geralmente quem pensa que sabe tudo, não sabe é nada, ainda não compreendeu nada da vida, que tudo no mundo é um eterno recomeçar.

Assim, alunos eternos, vamos aprendendo que o mundo é um grande rio onde só sobrevive quem se dispõe a nadar, quem não pára no meio do caminho, quem reconhece os próprios erros, não para viver num eterno sentimento de culpa, mas para tentar não cometer as mesmas falhas quando devem enfrentar problemas idênticos, quem se ama o suficiente para não se deixar levar pelo desespero em situações aparentemente sem saída, quem crê fielmente que Deus tudo pode quando, humanos, não encontramos força de poder, quem nunca desiste de um sonho e que tem por grande ambição a felicidade, própria e alheia.

Não há feriados na escola da vida, nem sábados e domingos onde podemos descansar. Existem lições diárias em cada acontecimento, cada fato, mesmo sem importância aos nossos olhos. Mas nem por isso devemos ter a vida como um fardo, ela é um presente, uma dádiva que a maioria das pessoas só valoriza quando chega no fim da caminhada.

Feliz de quem vive cada dia sem se deixar morrer pelo que aconteceu e sem se deixar entristecer por problemas futuros, que nem sempre virão.

Letícia Thompson